Nova Prata - O brilho no olhar de quem sabe que a educação é a base de tudo. Esse é o sentimento para quem conversa com Suzana Cappelaro Zamin, diretora; Marina Ferreto, vice-diretora; Paula Marchesini, coordenadora pedagógica; e Jane Bodanese, orientadora educacional, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Josué Bardin.
Esse amor pela educação está presente em cada ação das educadoras e uma questão que vem sendo muito comemorada é a ampliação no número de livros na biblioteca do educandário.
Em novembro de 2019, a coordenadora Paula, após ver uma publicação no Facebook de uma escritora do Rio de Janeiro, que esteve na escola em 2014, sentiu-se instigada e buscou mais informações sobre o projeto Eu Faço Cultura. Faltavam poucos dias para o término das inscrições e as educadoras precisaram correr contra o tempo visando organizar toda a documentação solicitada para fazer parte do programa. Uma informação que precisava constar também era a quantidade de alunos atendidos pelo educandário. Após alguns dias a escola teve a confirmação de que estava fazendo parte do projeto e recebeu 736 cupons (o dobro do número de estudantes).
- Os cupons poderiam ser utilizados pelos alunos para assistirem uma peça de teatro, cinema ou show, mas como em março do ano passado teve início a pandemia, estes eventos culturais foram suspensos. Antes desse período haviam poucos livros disponíveis através deste projeto, mas como o isolamento era necessário para evitar a propagação do vírus, aumentaram significativamente os títulos disponíveis no site. Por isso, conseguimos mais de 730 livros somente no ano passado. Inclusive, de uma vez só recebemos 250 obras, através do Biblioteca Renovada, que também faz parte do projeto Eu Faço Cultura - relata Paula.
- O sentimento é de muita emoção e também de conquista por conseguirmos tantos livros de qualidade e em pouco tempo. Até então estávamos sempre organizando alguma ação visando angariar fundos para a nossa escola e receber esse número expressivo de livros gratuitos é um presente para o educandário, mas especialmente aos alunos. Isso vem de encontro ao programa de leitura Ler Para Ser que temos na escola, pois sabemos a importância deste hábito para a formação de cidadãos - explica a diretora.
- É um pedacinho de mim que está sendo doado para a escola, pois não teríamos condições financeiras de comprar tantos livros. Estou muito ansiosa para ver os alunos retirando as obras e desfrutando dessa conquista. Só tenho elogios para o programa - enfatiza Paula.
- É possível ver o brilho nos nossos olhos, pois estes livros são um tesouro para a escola. Estamos na expectativa para que essa pandemia passe, as aulas retornem e os nossos estudantes possam aproveitar muito estes títulos - destaca a vice-diretora.
"É possível ver o brilho nos nossos olhos, pois estes livros são um
tesouro para a escola."
— Marina Ferreto, vice-diretora
O projeto Eu Faço Cultura é uma realização da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e tem alcance nacional, beneficiando as cinco regiões do Brasil. O programa é desenvolvido por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e também através de doações de parte do Imposto de Renda (IR) de empregados e aposentados da Caixa. Conforme as educadoras, os livros recebidos já foram encapados e estão prontinhos para leitura.
- Quando ganhamos algo, cuidamos muito, pois sabemos o quanto faz a diferença para a nossa escola - relata a diretora Suzana.
Alguns títulos também serão utilizados para o desenvolvimento de projetos de aula.
A coordenadora Paula fala que diariamente acompanha o site do projeto, pois constantemente são atualizados os títulos de livros disponíveis. Ela explica ainda que o programa é muito sério e que existe um controle sobre cada livro destinado à instituição de ensino.
Até o final deste ano, a escola receberá o total de 690 exemplares, ou seja, nestes dois anos foram mais de 1.400 livros, conquista que não seria possível sem o Eu Faço Cultura, conforme enfatizam as professoras.
