Nova Prata - O prefeito Alcione Grazziotin, acompanhado da vice-prefeita Sandra Zottis, ambos do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), recebeu a redação do jornal Correio Livre em seu gabinete na sexta-feira, 18.
Quais desafios da gestão pública eram diferentes das suas expectativas iniciais?
Eu e a Sandra vínhamos nos preparando há muito tempo, antes das eleições, para os enfrentamentos normais da gestão do município.
Além disso, tínhamos a certeza de estar sendo eleitos para um período diferente e muito mais complicado. Ganhamos o pleito durante a pandemia e a nossa preparação nos obrigou a buscarmos soluções.
Hoje, números comprovam que estamos enfrentando de forma muito boa a questão da covid-19. Se compararmos o nosso município com os de tamanho semelhante - como os números de internações, positivações e ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) - os números indicativos são melhores. Não medimos esforços para realizar ações necessárias para a diminuição do número de vítimas e de pessoas que contraíssem a covid-19.
Quais são os principais obstáculos que a pandemia representou?
O município de Nova Prata passa por dificuldades financeiras que são de longa data e conhecidas pela comunidade e gestores. Isso se potencializou em razão da pandemia. Nós tivemos que canalizar valores a mais para a saúde.
Quando fizemos os leitos emergenciais de semi-UTI, demandou um valor muito substancial. A situação financeira do município como um todo não é boa, mas não medimos esforços para fazer economia e gerar receita de outro lado para que nenhum dos munícipes sofra e, muito menos, chegue a óbito.
Quais ações foram realizadas para o desengessamento da máquina pública?
Apesar da prematuridade do governo, nós já enviamos à Câmara de Vereadores projetos de lei de obras que não condiziam com a legislação ou que sequer haviam sido apontadas como existentes e melhoramos o Plano Diretor.
Contamos com um grupo de estudos para o melhoramento da legislação geral, inclusive para a mudança da Lei Orgânica, visando facilitar o acesso à legislação e ao Poder Público pela comunidade.
Estamos informatizando 100% a Secretaria da Saúde, mas isso demanda tempo. Nosso sonho é que o cidadão consiga agendar as suas demandas através de meio eletrônico e assim também nas outras Secretarias.
Nesses seis meses, estamos agindo de forma a organizar. Posso dizer que por volta de 60 a 70% do plano de governo já foi iniciado. Por exemplo: levar àgua às comunidades que não têm. Fui informado pela diretoria da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) que antes do final de junho faremos a instalação de uma rede de água para uma comunidade com extensão de 2.500 metros.
Outra questão que falamos muito durante a campanha foi o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Parabenizo a nossa secretária da Saúde, Dieice de Oliveira, que já fez todos os procedimentos necessários e criou o CAPS. Em breve, teremos a instalação deste Centro aqui e seu funcionamento. Esses são alguns exemplos.
"O objetivo da nossa gestão é efetivamente que o destinatário do trabalho do prefeito e vice, enfim, do Poder Público, seja a comunidade."
— Alcione Grazziotin
Como avaliam a aproximação com a comunidade pratense?
O objetivo da nossa gestão é efetivamente que o destinatário do trabalho do prefeito e vice, enfim, do Poder Público, seja a comunidade. Nós alcançamos isso quando estamos muito perto da sociedade.
O gabinete está no primeiro andar da Prefeitura. Assim, temos recebido muitos cidadãos que vêm falar diretamente com o prefeito sobre os seus anseios e necessidades.
Ainda temos algumas dificuldades de acesso para pessoas com necessidades especiais, mas já foi determinado que o mesmo seja feito, sem mudar as condições normais da Prefeitura, que possui um prédio histórico.
Estamos felizes porque recebemos a visita de muitos pratenses.
Quais projetos estão no planejamento da Prefeitura para os próximos meses?
No começo da nossa gestão tínhamos um planejamento para os primeiros 100 dias, para os primeiros 200 dias, para os primeiros seis meses e um para o final deste ano, com precisão, e outro mais empírico para os outros três anos. Já estamos começando a trabalhar com metas que serão atingidas em 2024.
Os 100 anos do município, por exemplo, estão no nosso planejamento. Não se organiza uma festa desta magnitude em poucos meses. Existem pessoas pensando no encaminhamento dessa festividade, porque Nova Prata merece.
A população pratense é muito trabalhadora, ordeira, uma comunidade maravilhosa de se viver e o Poder Público tem que dar o retorno que ela merece. Estamos muito preocupados com isso.
E quando eu disse que nós já enviamos o cumprimento do nosso plano de ação em 60%, não significa que esteja iniciado e terminado. Muitos desses programas foram iniciados e serão encerrados quando culminar o fim da nossa gestão.
Estamos muito felizes por estarmos aqui. Realmente podemos atingir o nosso objetivo, que é dar um retorno e satisfação para o povo.
Agradecemos de coração a comunidade de Nova Prata, que nos deu a oportunidade de sermos prefeito e vice. É evidente que existem dificuldades, ainda mais nesse momento, mas são desafios que já estavam programados e alguns que aparecem no decorrer, mas estamos encontrando forças para superar.
Temos uma equipe unida e um secretariado muito competente. Aliás, não tenho palavras para agradecer a dedicação e o empenho que os secretários e demais servidores estão fazendo para que a nossa gestão seja profícua. Não existe um prefeito ou vice que façam qualquer questão se não houver uma equipe junto.
Falo em meu nome, da Sandra e em nome dos munícipes — que, afinal, nós representamos — que agradecemos de coração ao secretariado e também a todas as pessoas que, de alguma maneira, colaboram com a gestão.
O destinatário de todo o nosso trabalho é o povo, é a comunidade de Nova Prata. Não paro de agradecer à comunidade, que nos deu a chance de estar aqui.
Obrigado ao jornal Correio Livre, que tem se mostrado um meio de comunicação indispensável à comunidade de Nova Prata.
Texto: Júlia Provenzi