Nova Prata - Muitas pessoas sentem-se realizadas quando podem fazer algo pelo próximo. Esse é o sentimento de Lucimara de Chaves, moradora da Fazenda da Pratinha 2, que não pode imaginar uma pessoa passando frio, sem ter roupas para se esquentar. Em um local próximo da sua casa, ela possui uma espécie de filial do Brechó da Assistência Social, o Tsuru.
- Quando alguém precisa de roupas, especialmente nesta época fria do ano, pode chegar na minha casa e levar quantas peças julgar necessário. Sei o quanto isso faz a diferença na vida das pessoas que precisam. Aqui é um ponto que beneficia os moradores do interior desta região, que não precisam ir até a cidade em busca de doações. Precisando, é só entrar em contato comigo, através dos números (54) 3242.0114 ou 99600.1944 ou passar na minha casa - destaca.
Lucimara explica que essa ação teve início há seis anos. Nos últimos anos, o brechó teve as suas atividades concentradas na cidade e neste ano ela voltou com a filial.
- Sempre há pessoas necessitando de doações, algumas, inclusive, que nem imaginamos. Uma situação que me marcou muito é a de uma menina de 13 anos, que tinha somente uma calça e uma camiseta para vestir. Ela veio até a filial do Brechó, escolheu as roupas que precisava e levou. Sei que essas peças farão a diferença na vida dela. Também levou um cobertor rosa, era possível ver a felicidade no seu rosto. Através de doações, pessoas auxiliaram esta jovem - relata.
Lucimara enfatiza que algumas peças que recebem são ótimas, novas, mas outras sem possibilidade de uso. “Alguns utilizam esse momento para fazer uma ‘faxina’ no guarda-roupa”, desabafa.
Ela explica que as pessoas também podem deixar as doações na sua casa.
- Sempre gostei de auxiliar as outras pessoas, isso me faz muito bem. Poder ajudar sem olhar a quem, estendendo a mão nos momentos difíceis e não meço esforços. Faço de coração aberto para auxiliar quem precisa. Muitas pessoas necessitam de doações, mas possuem receio de pedir. Não faço distinção com ninguém, pois cada um sabe os desafios que enfrenta. Fome e frio são duas questões que não esperam - finaliza.
Texto: Renata Grzegorek