A redação do jornal Correio Livre conversou com William Leonardo Teixeira da Silva, fiscal sanitarista e de meio ambiente, e com Luana Ribeiro de Jesus, médica veterinária e fiscal da vigilância sanitária sobre os maus-tratos contra animais.
- As denúncias são comunicadas para a Associação Amiga dos Animais (AAMA) e também ao setor do Meio Ambiente, mas é importante frisarmos que são anônimas. Quando somos avisados, o primeiro passo é averiguarmos se é verídica aquela informação, pois cerca de 70% não procedem. É necessário que possamos diferenciar nível baixo de bem-estar e maus-tratos contra os animais. A primeira questão se refere à situações não tão graves e que o proprietário pode resolver. Há casos em que solicitamos determinadas alterações ao proprietário, o notificando e retornamos dias depois para verificarmos se as mudanças aconteceram. Se encontramos tudo da mesma maneira, é feito um auto de infração, onde o proprietário pode ser multado por não oferecer condições mínimas aos animais. O segundo caso, de maus-tratos, gera punições aos donos se for constatado que os animais estão em situação caquética (extremamente magros), com guia curta, privado das necessidades básicas, como água e alimentação, ferido ou doente sem assistência médico-veterinária e sem abrigo adequado. Nestas condições, se o proprietário for pego em flagrante pode ser preso - explicam.
- Se você não pode ter um animal, não deve adotar. Antes de tomar essa decisão é necessário fazer-se algumas perguntas, especialmente envolvendo a disponibilidade de tempo e de recursos financeiros. Os animais possuem sentimentos, não são objetos. Se tiver, cuide bem. É necessário também que as pessoas se conscientizem de que as punições envolvendo maus-tratos aos animais estão cada vez mais severas - destacam Luana e William.
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